sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Visitando os Parentes: PARTE II


Conforme prometido, vamos a parte II do post "Visitando os Parentes", afinal, seus parentes podem ser ainda piores que os dele...
Ele na casa dos seus parentes:
Ah, cara amiga! Você está na casa da sua família, seu território! Você abre confortávelmente a geladeira a procura dos quitutes feitos pela sua mãe, usa o banheiro de porta aberta todo mundo sente o fedor, reclama do barulho dos vizinhos que já foram os seus, e pede dinheiro emprestado ao seu pai. Tudo na mais linda harmonia! Os assuntos giram em torno dos mesmos temas do post anterior, mudando apenas o seu interesse acerca deles, que de escárnio, morbidez, e crises de riso quase incontroláveis a beira de um ataque epilético, passa ter um ar (eu disse apenas UM AR!!!)de preocupação, porque afinal de contas, você está falando da sua família. Ao olhar pro lado, você percebe uma vontade quase indisfarçável do seu marido de romper em gargalhadas, quando seu pai percebe que aquilo está sendo uma tortura oferece a ele uma cerveja, e vão pra sala assistir ao futebol. Coisa de homem, né? Não! Definitivamente, não! Meu marido ODEIA futebol. Eu, ao contrário, amo de paixão e sou torcedora xarope ferrenha do meu time.
E começa o bate-papo: minha família é daquelas que fala com as mãos, cotovelos, ombros, cabeça, tronco, pernas e braços. Ah, com a boca também... E num tom de voz que eu aposto que todos os vizinhos -da casa? Não, do bairro- sabem tudo o que se passa nas conversas. Conversas essas, que por sua vez começam ao meio-dia, e 1 h da manhã do dia seguinte ainda estão rendendo. E não pára por aí: na hora de ir embora, povo empaca no portão falando mais que a boca, que parece que faz uns 30 anos que ninguém ali se via! Claro que nesse instante, seu marido está vivendo a situação oposta, porque por lá pelas bandas da sala de estar o assunto acabou faz tempo (mencionei antes já, né? Meu marido detesta futebol), enquanto que na cozinha com a mulherada a animação era total.
Muitas horas de papo inútil e muitos litros de café mais tarde, você (e apenas você) resolve que é hora de ir embora. Você vê, em mais essa oportunidade, as lágrimas de gratidão do seu dedicado e paciente marido, brotarem em seus olhos. A despedida demora mais meia hora, e ele já está no carro te esperando. E jurando que vai ficar pelo menos uns 2 meses sem aparecer.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Visitando os parentes...


Quando você decide juntar as suas escovas de dente com alguém do sexo oposto (digo isso porque ha casos na minha família onde resolveram juntar as escovas com alguém do mesmo sexo, e os efeitos foram bem outros, então pra eles esse post não vale), sua família passa a te ver de forma diferente. Agora você é um "adulto" aos olhos deles, emancipado e independente, mesmo que esteja desempregado ha 2 anos (meu caso), e não mais o eterno adolescente de quase 30, que mora com a avó (sim, eu morava com a minha avó, beijo pra ela). Aí você obrigatóriamente cumpre toda semana o ritual da "via sacra" na casa dos parentes, pra não passar por anti-social (coisa que você sempre foi), ou por filho/neto desnaturado. Enfim, aceite, você casou e agora as pessoas esperam isso de você.

PARTE I: VOCÊ NA CASA DOS PARENTES DELE.
Primeiro você, na casa da sogrinha: Chega, cumprimenta toooooooodo mundo (nunca são 2 ou 3, tem sempre uns 10, e se você não cumprimenta tooooooooodo mundo, alguém, não se iluda, vai falar mal de você pelas costas). Aí te oferecem o café, e você, super PHEENA, não recusa. O café na casa da sogra é sempre um "chafé", tão fraquiiiiinho, que se você tomasse num copo transparente, ia parecer água suja... E não pense que isso é algo sem segundas intensões, não! É proposital! Talvez seja pra economizar o pó do café, ou pra espantar "visitas indesejadas", assim, como você mesma, ou como suas cunhadas com seus genros e netos (meu marido não tem irmãos, somente irmãs). E começa o papo... Aquele assuntinho trivial, dia-a-dia, coisa e tal, e então começam as fofocas: a parte que interessa na visita. O falatório permeia todos os membros da família, mesmo aqueles distantes que você nunca irá conhecer, até a sua cunhada que está sentada bem do seu lado, com histórias que passam do revoltante ao "picante", (aquela tia separada que toca o horror com a homarada, "que absurdo", aquela sua cunhada, também separada que é o "problema" da família, aquele sobrinho que "ainda vai matar a vovó", enfim) até chegar a falar mal do próprio filho: esse mesmo, o seu marido. Afinal, a sogrinha já conviveu com ele e sabe muito bem o que aquele mau-humor de cão-brabo-rodeado-de-cadelas-no-cio é capaz de fazer. Eu, particularmente A-DO-RO essa parte... hehehehe... hehehehe... MUAAAAAAAAAHAHAHAHAHA!! Tá, parei... Mas, como já disse antes, a pessoa dá (uy) uma de PHEENA, e não tece maiores comentários, apenas concorda com tudo com a cabeça. Lá pelas tantas da noite, quando seu pescoço já sente cãibras de tanto concordar, seu marido se toca que o assunto principal é ele mesmo já é super tarde, e te chama pra ir embora. Você volta pra casa se cagando rachando de rir das histórias esdrúxulas da família dele, e agradece a G-zuiz que não é com a sua. Claro, aí guenta o mau-humor do seu bofe depois da visitinha, mas tudo bem: você tem N razões pra rir por dentro enquanto ele esbraveja...

Quero deixar bem claro aqui que esse post é apenas ilustrativo, e não auto-biográfico... não... de jeito nenhum! Eu NUNCA faria isso...

PS: aguardem a parte II, afinal, sua família pode ser pior ainda...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Missão "quase" impossível?


... Eu sempre soube disso ...
Alias, a aventura de se viver ao lado de um outro ser humano, tão complexo e difícil quanto você, é mesmo uma missão praticamente impossível. Afinal, se pela manhã o bafo dele é algo sobrenatural (de cadavérico mesmo), o seu também não é lá "aquelas coisas"... Se ele deixa a tampa da privada levantada (que acaba servindo de bebedouro pros animais de estimação da casa), o tubo de pasta apertado bem no meio, e as roupas (sujas e limpas, tanto faz, eles não diferenciam muito isso) espalhadas pelo chão, pense que a sua calcinha pendurada na torneira do chuveiro (que eu também deixo, e se ele reclama eu digo que vai ficar ali e ponto) tem neles o mesmo efeito de raiva descontrolada, e vontade de cometer homicídios...
E vai fazer DR? Pense e planeje muito bem uma maneira de fazer isso, porque é muito provável que ele fuja correndo pras colinas ao perceber o menor sinal de que uma DR se aproxima... É quase como o diabo fugindo da cruz, e o mais pançudinho, sedentário e cervejeiro dos maridos (tipo o meu), se torna o maior e mais vigoroso dos atletas olímpicos, com direito a bater recordes, inclusive. Sugiro um bom vinho tinto, lingerie provocante e chamá-lo com o dedinho (vem cá benzinho)... Quando ele chegar todo-todo, achando que vai se dar bem: PIMBA! Surpreenda-o!! Mas essa tática tem a triste tendência de funcionar uma única vez, e possui efeitos colaterais gravíssimos, como causar intensa desconfiança toda vez que você quiser sexo de fato...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O médico e o monstro.


Você conhece essa historia? Dr. Jekyll é um médico que se transforma num monstro, o Mr. Hyde. Excelente metáfora que faz alusão ao bem e o mal que existe dentro de cada um de nós. No relacionamento a dois acontece o mesmo: no namoro, temos Dr. Jekyll, culto e educado, perfeito cavalheiro e inteligente. Após o casamento, lá está ele, Mr Hyde, o monstro! Na verdade ele sempre esteve lá, você é que nunca tinha percebido. Não sei o que acontece, se é alguma coisa na porta de casa, alguma poção mágica que cai na cabeça deles quando eles entram no apartamento com alguma companheira fixa e estável. O fato é que dá medo toda vez que se escuta a chave girar na fechadura: é ele! Mr. Hyde chega do trabalho, entra pela porta adentro dando urros de raiva, esmurrando e quebrando paredes com sua fúria monstruosa e animalesca, fazendo o chão tremer, babando uma gosma verde entre seus dentes ponteagudos! E não se iluda, minha cara amiga: não adianta se esconder, ele vai te achar! E quando te achar você não escapará do seu triste destino, e de ouvir o urro final da besta: GRRRRRAAAAAAAWWWWWWWRRRR, ONDE ESTÃO MINHAS CUECAS LIMPAAAAAAAAASSSS?

Depois pode ser que ele solte gases, ou coçe a virilha, nao sei. Se fosse o daqui de casa, acho que ele daria um arroto...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Prefácio.


Antes que me perguntem, não! Não faço o tipo Amélia, nem tenho marketing pra isso. Sou apenas alguem que, em um dado momento da vida, se viu as voltas com contas pra pagar, baldes de "kiboa", máquinas de lavar, fogão, panelas e um marido. Ah sim, mero detalhe, o marido! Aquele que larga roupas sujas pelo chão, a tampa da privada aberta, alaga o banheiro cada vez que toma banho, acorda mau-humorado, enfim: o marido... Mas também nao serei injusta: ele tambem é aquele companheiro de excursões pra shows (Metallica e AC/DC em Sampa por exemplo, que merecem um post mais pra frente), aquele que me faz "rirlitros", aquele excelente amante, cheio de qualidades. Aquele que mudou muito rápido de posto: num dia era namorado, no outro, adivinha? Marido. Ou seria Namorido? Ou Marinado? Afinal, qual é o titulo do cara que te tira da casa dos pais, mas com quem você nao casou legalmente falando?

O fato é que de namorado pra marido (ou mesmo namorido) eles mudam, e radicalmente! Se na época do namoro era aquela maravilha, telefonemas no meio da noite pra dizer que está com saudades, atende o telefone com "oi morzinho", bilhetinhos, cada palavra e cada gesto é visto como uma coisa encantadora, por outro lado essas coisas se tornam profundamente irritantes dentro de um casamento, principalmente se as contas estiverem atrasadas, o jantar queimou acidentalmente, um dos dois perdeu o emprego, ou outro imprevisto qualquer acontece. O relacionamento amadurece e certas coisas ficam chatas mesmo. Ou será que é a gente q se chateia com pouca coisa? Porque convivência a dois nao eh nada fácil, nao! Pergunte pra sua avó! Com o agravante de que, no tempo dela, as mulheres eram criadas pra isso. E esse é o grande dilema da vida moderna, porque eu, por exemplo, nao fui! Fui criada pra ser profissional e ir a luta no mercado de trabalho... e de repente, casei!

Por isso criei esse blog: pra dividir com vocês a grande saga e aventura de ingressar num relacionamento a dois. E antes que as feministas queiram a minha caveira, eu retifico: um relacionamento MODERNO a dois.